Você sabe o que é uma biopiscina? Acredite se quiser: é uma piscina onde a maioria dos componentes são seres vivos, e não máquinas como nas piscinas convencionais.
Dessa forma, a maioria dos processos ocorre através de plantas, as quais ajudam a diminuir os custos de manutenção.
Quer conhecer um pouco mais sobre isso? Veja todos os detalhes!
O que é uma biopiscina?
ÍNDICE
As piscinas convencionais são feitas de materiais produzidos pelo homem, como o vinil e a fibra de vidro. Além disso, elas contam com vários sistemas engenhosos para funcionar, indo desde motores a até componentes químicos.
Nesse sentido, elas não estão alinhadas com as questões ambientais e, em alguns casos, os produtos utilizados agridem o meio ambiente. Isso acontece pelo uso inadequado desses produtos ou até mesmo por vazamentos acidentais.
Assim, o cloro, um elemento extremamente agressivo aos seres vivos, pode ir parar nos rios, causando mudanças drásticas no bioma local.
A biopiscina vem para remover todos esses problemas: contando com “tecnologias” naturais, ela dispensa a manutenção por meio de produtos químicos. Ou seja, ela permite que a água fique sempre límpida e cristalina, sem que nem uma única gota de produto químico seja necessária.
O mais interessante disso tudo é que a qualidade da água é a mesma ao longo do ano. Portanto, sua biopiscina sempre estará prontinha para ser usada.
Outro ponto importante é ver a simbiose entre os seres humanos e os demais seres vivos.
Como a limpidez da água depende de algumas plantas aquáticas, elas ficam visíveis para você — e até compõem o ambiente.
Além disso, é comum que alguns animais escolham sua piscina biológica como habitat. Os principais são os sapos e rãs, e você pode acompanhar todo o desenvolvimento desses animais.
É claro que é opcional manter ou não os sapinhos e girinos, algo cada dia mais comum na Europa.
Cloro: o grande vilão
As piscinas convencionais são ótimas para se divertir e brincar, não é verdade? De fato, não há nada de errado com elas, exceto pela quantidade de produtos químicos necessária para mantê-las.
O cloro é um elemento muito tóxico e, quando inalado, causa danos severos ao nosso organismo. Um deles, por exemplo, é bloquear as vias respiratórias, causando asfixia e até a morte.
Além disso, outro acidente bastante comum são as queimaduras provocadas pelo produto. Quando em contato com a pele desprotegida, o local do contato pode sofrer com irritações graves.
Por fim, um vazamento de cloro, mesmo que no solo, pode alcançar os lençóis freáticos. Assim, a depender da quantidade, pode se tornar tóxico e matar a vegetação local.
Portanto, tenha cuidado redobrado com esse produto!
Qual é a estrutura de uma biopiscina?
A estrutura de uma biopiscina varia de acordo com o local de instalação. Em alguns casos, algumas estruturas podem ficar de fora do projeto; já em outros, é necessário implementar mais acessórios.
Em suma, a bomba de água é um desses itens: a depender do terreno (permeabilidade, material, inclinação, etc), ela pode ser dispensada. Porém, isso não é uma regra para todos os projetos.
Veja cada item da estrutura de uma biopiscina, da parte mais funda até a mais rasa.
Área de banho
A área de banho é onde está localizada a piscina de fato. Ou seja, é onde as pessoas vão aproveitar um belo dia ensolarado para nadar e relaxar.
Assim, geralmente tem um formato retangular como o de uma piscina convencional, mas pode ser estilizado, de acordo com o gosto do proprietário.
A profundidade também não possui um valor fixo, e depende do design escolhido para a piscina e a faixa etária que mais vai usá-la.
Vale notar que a profundidade pode ser gradiente, ou seja, ser raso nas bordas e aumentar de profundidade até um valor fixo, o qual permanecerá nos demais pontos da mesma.
No fundo da área de banho encontra-se um item muito importante: o tubo que capta água para tratamento — se ela contar com uma bomba, é claro.
Parede de retenção
A parede de retenção faz a divisória entre a área de banho e a “estação de tratamento de água natural”. Portanto, é ela quem impede que as pedras e plantas invadam a área de banho.
Além disso, como se trata de um pequeno barranco (no modelo mais complexo), ela sustenta toda a zona de filtração, fazendo com que os componentes fiquem nos locais previamente planejados.
Zona de filtração
A zona de filtração é a área mais interessante da biopiscina: é nela que temos as plantas, pedras vulcânicas e de rio que vão tratar a água coletada da área de banho.
Dessa forma, temos que a zona de filtração se estende desde a parede de retenção até a superfície da piscina. Portanto, pode-se ver a parte aérea das plantas escolhidas para compor a piscina biológica — ou escondê-la através de peças de decoração.
Bomba de água e filtro UV
Por fim, temos um conjunto de equipamentos que ajuda a zona de filtração a fazer um trabalho impecável: a bomba de água e o filtro UV.
Em resumo, a bomba vai puxar a água do fundo da área de banho, fazendo com que percorra todo o caminho até o filtro UV. Já no filtro, a água cai em forma de cachoeira enquanto é irradiada por UV, a qual remove diversos tipos de organismos indesejados.
Note que não há nenhum perigo de vazamentos de produtos químicos ou coisas do gênero em todo o processo.
Quais são as vantagens de uma piscina biológica?
Como você deve imaginar, existem várias vantagens quando optamos pelo uso de biopiscinas na residência. O melhor de tudo é que as vantagens vão desde aspectos econômicos até de segurança ambiental.
Além disso, ter um cantinho onde podemos entrar em contato com a natureza nesse nível não é algo para todos. Afinal de contas, a maior parte do projeto (quando não todo ele) se trata de seres vivos.
É muito interessante pensar que coisas como essa existem atualmente, dada a grande evolução tecnológica que estamos imersos.
Vamos às vantagens!
Pode haver economia na hora da construção
Aqui precisamos ressaltar a palavra “pode”. Ela foi utilizada para mostrar que isso não é uma regra, ou seja, nem sempre será mais barato montar uma biopiscina ao invés de uma piscina convencional.
Para que haja economia durante a construção, é importante que o local ajude no bom andamento do projeto. Assim, possuir as pedras certas, o tipo adequado de terreno e um bom nivelamento fazem muita diferença.
Caso essas condições não sejam satisfeitas, requisitar todo esse material pode sair mais caro do que uma piscina comum, por exemplo.
Não agride o meio ambiente
Um dos pontos mais importantes das piscinas orgânicas é, justamente, o fato de serem orgânicas. Assim você não precisa se preocupar no que tange a agredir o meio ambiente, pois não há nenhum elemento que possa causar problema no bioma local.
Além disso, sua biopiscina pode ajudar até mesmo a manter espécies de plantas em atividade. Ou seja, pode virar um local de preservação ambiental e contribuir para cuidar da natureza.
Sem risco para a saúde de seus familiares
Como a maior parte do processo de limpeza é feito pelas plantas e pedras, não há necessidade de intervenção com produtos químicos.
Aliás, a química não ajuda nem no que diz respeito à claridade da água, dado que a parte biológica toma conta de tudo por você.
Portanto, você não precisa armazenar produtos perigosos como o cloro em sua residência. Isso significa, em outras palavras, que acidentes com esse elemento não vão ocorrer — o que é bastante tranquilizador principalmente para quem possui crianças pequenas.
Além disso, a água não vai irritar os olhos, e até mesmo a viscosidade é diferente da água presente em uma piscina convencional.
Baixo custo de manutenção
Se o modelo de piscina incluir a bomba e o filtro UV, ainda assim o custo de manutenção será menor que o de uma piscina convencional.
No entanto, essas peças podem ser removidas desde que o nível da área de banho e da zona de filtragem seja o mesmo. Assim não é necessária uma bomba para fazer a passagem da água de um local para o outro, desde que a piscina seja bastante utilizada.
Muita variedade de design
Por fim, uma biopiscina pode apresentar infinitos designs, indo desde os mais simples até os mais sofisticados. Dessa forma, pode-se personalizar o projeto do começo ao fim, deixando-o ideal para sua residência.
Uma piscina biológica proporciona uma ótima impressão para sua casa, principalmente quando está localizada logo na entrada!
E as desvantagens?
Embora seja uma tecnologia fenomenal, ela também possui algumas desvantagens. No entanto, não há nenhum problema realmente grave no que tange às biopiscinas, mas sim detalhes que podem desagradar algumas pessoas.
Veja algumas desvantagens abaixo.
Cuidar dessa piscina não é tão fácil assim
Embora tenha uma estrutura simples e prática, cuidar de uma piscina orgânica pode não ser a coisa mais fácil do mundo. De fato, como estamos lidando com organismos vivos, há cuidados essenciais que não são necessários nas piscinas convencionais.
As plantas, por exemplo, costumam ser sensíveis às condições ambientais. Assim, uma leve alteração no pH pode causar um dano enorme no sistema de filtragem natural.
Além disso, as pedras também estão sujeitas a erosão natural, o que pode significar pedrinhas indesejadas no fundo da área de banho.
Vale lembrar, ainda, que toda a zona de filtração está separada da área de banho por uma barragem. Ou seja, tudo pode vir abaixo caso essa separação se rompa de alguma forma.
O valor para construir pode ser muito salgado
Como foi mencionado lá nas “vantagens”, não é sempre que optar por uma biopiscina é mais em conta do que uma piscina convencional. Aliás, o preço pode ficar muito salgado, dependendo das condições do local onde ela será construída.
Não são todos os solos que podem ser utilizados em sua construção. Além disso, as pedras também são bastante específicas para a obra, e podem ser difíceis de encontrar.
Assim, você terá que mover toneladas de pedras e solo para a construção da piscina orgânica, fora os gastos relacionados à construção em si.
Ter girinos na piscina pode não ser o seu objetivo de vida
Está certo que ver a vida animal de perto é algo bastante legal. No entanto, nem todos apreciam esse tipo de entretenimento. Aliás, a ideia de nadar junto com girinos também pode causar repulsa em algumas pessoas.
O maior problema disso tudo é que, em geral, as biopiscinas atraem esse tipo de vida animal para sua casa. Ou seja, é possível ter problemas com sapos e rãs por causa desse projeto.
Isso nem sempre vai acontecer, mas tenha em mente que é sim algo provável.
A limpeza não é 100%
A zona de filtragem faz um trabalho nota 10 na hora de limpar a piscina. No entanto, ela não opera milagres: folhas e plantas mortas ainda precisarão ser removidas manualmente.
Se existirem muitas árvores próximas à piscina, a frequência de remoção das folhas será muito alta.
Como há várias plantas atuando na biopiscina, algumas morrem naturalmente e ficam por lá mesmo. Com o tempo, o acúmulo de sujeira vai requisitar mais mão-de-obra.
Além disso, é comum acumular lodo nas piscinas convencionais, e esse problema também existe nas piscinas biológicas.
É recomendado, ainda, que o fundo seja aspirado para evitar a formação de calcário. O procedimento deve ser realizado 2 vezes ao mês.
Quanto custa construir uma piscina desse tipo?
A questão do preço é bastante complicada, pois só conseguimos encontrar valores desatualizados. Por ser um serviço realizado apenas por empresas especializadas — e ser pouco conhecido —, essa informação não está visível em qualquer lugar.
No entanto, uma de nossas fontes apontou o valor de R$ 235 por metro quadrado. Todavia, esse valor faz referência a 2010, quando o salário mínimo era de R$ 510.
Portanto, podemos estimar que o metro quadrado esteja na casa dos R$ 500 hoje em dia. Vale notar que é uma estimativa, ou seja, não há como ter certeza sobre esse valor sem consultar empresas do ramo.
Além disso, como foi dito ao longo do texto, o valor da construção de uma biopiscina depende de vários fatores, e nem sempre será o mesmo para todos os casos.
E aí, já conhecia esse estilo de piscina? Aproveite para compartilhar com seus amigos!